quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nome próprio

O início do fim. É como tudo sempre se dissolve dentro de mim.
A noite chega, o dia se despede. E a tarde; inteira, mista, cinza, se acopla.
O meio-termo de todas as coisas no fim eterno de se ser inconstante, indefinida, certa, paradoxal.
Eu sigo. Seguindo sempre. Em tempo, em sentimento.
Amando hoje, amando ontem, amando amanhã. Amando.
Estando presente, porém não passado, e sim, claro!... talvez, futuro.
Sorrindo pela vida, chorando para a vida.
Caminhando sem caminho, para onde já se sabe que se vai, já se sabe que eu vou. Estrada longa, percurso demasiado pequeno. E ainda, além de tudo, acima de tudo, querendo sabor. De charme, de calor, ou, de menta.

Entendeu?

Sentiu?

Intenso, angustiante, sutil. Mírian.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

2 anos

Até que um dia você percebe que tudo isso não é mais amor, é somente dor. E que você tem a segurado, a amado e a alimentado como se fosse um bom sentimento. Mas todas nós sabemos que não é, e que você só está se prendendo a ela por necessidade de se prender a algo. Você ainda quer ter certeza de que esse antigo amor foi verdadeiro e valeu a pena, e o mais importante, que ele existiu; mas isso não é mais necessário, você tem uma escolha. Não deixe sua dor te esvaziar mais, esvazeie ela você mesma e permita-se perceber, que em todos esses dias cinzentos que se passaram, houve um novo nascer do sol.



Feliz 2 anos, InTheZone; é maravilhoso renascer contigo a cada ano que se passa.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu fecho meus olhos e tudo o que me vêm são lembranças.

domingo, 28 de novembro de 2010

Conto: separados.

Tudo estava indo bem – você sabia que não estava, mas gostava de fingir que sim – ele sorria, te abraçava e às vezes ficava em silêncio. Esse silêncio te incomodava, mas era algo que você facilmente esquecia: Um beijo, dois beijos, um abraço e um pouco mais além. Não era mais a mesma coisa, mas você preferia isso do que outra coisa: Solidão.
Foi então, que em um belo dia de domingo cinza, ele te ligou e te disse que queria conversar. Tudo bem, você adorava fazer isso. Lápis de olho, blusa amarrotada e um tênis meio branco meio sujo. Você estava lá, esperando por ele. Linda, cheirosa – Gastou todo o seu perfume com ele de novo? – e sorridente. Ele chegou, lindo, cheiroso e não sorridente. Te abraçou como uma pedra de gelo, e foi escorregando pelo seu corpo sem que você conseguisse segurar, fazendo escorrer tristeza do seu coração e sair fumaça do seu estômago. Maldita pedra de gelo. Derreteu. Acabou.
Não era mais os dois, era você e ele.

Se-pa-ra-dos.

Texto da Bruna Vieira (@depoisdosquinze) do blog http://depoisdosquinze.com/






Eu ainda posso te sentir. Come back.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O feliz e o triste: duas variações de um único início

Mas, peraí, não é simplesmente dessa forma que a vida se faz linda?

É minha resposta momentânea para milhões de perguntas que eu havia recebido de um grande amigo meu. Ele estava me explicando, na sua imensa sabedoria de se saber que nada se sabe, a forma como o ser humano é tão humano. E lá vem-me ele com seus exemplos, misturados entre dois mundos tão distintos: a física e a filosofia. Ele me questiona o que é a força centrífuga. A força que interrompe um movimento circular, na qual, o corpo que estava inerte foge do centro; correto? Ele me diz que sim, e completa dizendo que a humanidade do ser humano se resume em perceber que essa força existe dentro de nós também. Você entendeu? É, eu fiquei meio confusa a princípio. Deixe-me te explicar.
O nosso centro é a felicidade. O por quê? Porque é o que sempre iremos buscar, desejar, invejar e adorar. Mas nós não somos feitos apenas de felicidade. Somos feitos de tristezas também. E de vários outros sentimentos. E todos eles são variações dessa felicidade plena.
Voltando à física, existem alguns físicos que acreditam, que algum tempo após a força centrífuga atuar sobre certo corpo, este corpo volta a seu movimento inicial, o movimento circurlar. E este meu amigo crê que acontece isso com nossos sentimentos também. A felicidade encontra-se no centro, e ao redor, suas variações. Mas tudo faz parte de somente um plano, um corpo.
E esta é a percepção mais humana que um ser humano pode ter. A de que tudo é feito de altos e baixos. Centros e bordas. Felicidades e tristezas. Mas que a vida, o mundo, são literalmente essa festa inacreditável de bons e maus momentos. Que cada um de nós é feito de um pouco de tudo. Que a alegria é triste, e que a tristeza é alegre. E que tudo está em constante mudança.
E agora, eu te respondo, Rodrigo: mas não é assim que a vida se faz linda?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Iludir-te a si próprio

Tão doce ilusão de viver-te e expandir-te ao universo;
extraordinário és ter-te como tal,
usufruir-te de tu próprio e ser tu, tua extensão ilimitada, mente ampliada.
Tão doce ilusão de eternamente descansar-te,
cessação definitiva jamais haverá. E tu?
Teu princípio espiritual, este, tomarás a resolução de vagar entre vós, inundados por calor.
Tão doce ilusão de amar-te a ti mesmo.
Acarinha-se o indevido e ama-se o indefinido,
o paradoxo de conhecer-te e procurar-te a cada dia demasiadamente mais, este nomeado és amor.
Tão doce ilusão de odiar-te ao próximo.
Este escondido és por outro, belo e eterno.
Se tu odeias, tu importa-te, e se tu importa-te, tu amas.
Tão doce ilusão de mundo, o que este és? Realidade ou necessidade?
Ilusão somente és, formada por tu, e adquirida por vós.
Tão doce ilusão de realidade. Serias esta filha mutável ou imutável?
Imaginável ou verdadeiramente verídica?
Questionável, sem opor-te questões és e serás.
Tão doce ilusão de iludir-te. Levados a crer no que cres que não podes mudar-te.
A crer que erronêas seriam alterações. A crer que tu, serás eternamente tu.

Esta és tua verdade? Qual é a tua verdade? Podes escolher, a que seja mais agradável para tu-próprio, tu feito de alma, tu feito de corpo, tu feito de vontade. Ou serás mera ignorância minha?

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Perfeito,
meu delicado diamante,
tão lapidado, zelado.
Construído alicerçado em verdades,
dolorosas, necessárias, belas;
afeto e quedas.
Por vezes arranhado,
todavia,
sempre riscando o que o arranhou.
Por vezes desacreditado,
todavia,
sempre cortando o que o desacreditou.
Sua força o sustenta, sua beleza atrai.
Eis que nomeio o meu diamante amizade.
Eis que o nomeio Gabriela."


Eu te amo, Bibis.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A sabedoria da percepção

As coisas sempre mudam. O tempo as muda e as manipula. Cabelos, rostos e roupas. Sentimentos, pessoas e ações. Tudo conforme o destino decidiu, ou a vida te levou. A mudança dói, machuca, destrói e corrói. Destrói tudo ao seu redor, e o seu mundo, seu pequeno mundinho pessoal e arrogante, desaba. Te dói a percepção; te dói a forma atual como tudo se encaixa. Você se recusa a sentir o novo ritmo da música e a dançar conforme ela. Você fecha seus olhos e se recusa a enxergar a vida transformando-se. É como se o beijo não encaixasse, o abraço não transpassasse segurança e o sexo não trouxesse prazer. Tudo fora do seu devido lugar. Estes são os seus sentimentos, estes são os seus sofrimentos, estas são as suas dores. E você refugía-se. Aonde? Dentro de você mesmo. E ali, no seu mais bem desconhecido íntimo, você chora e aceita-se nesta sutil e delicada forma derrotada. Até que você é apossado por algo: pelo seu próprio humanismo, e você começa a sonhar. Sonhos alicerçados em lágrimas. Sonhos alicerçados no passado, que, por sinal, é tão belo e confortante. Ah, sim. O passado. Você queria tanto voltar a ele, ou tranformá-lo em presente. Mas o futuro o alcançaria novamente e você seria machucado novamente pela sabedoria do dom de não cegar a si próprio. E você continua sonhando e se liga a estas tão bonitas alucionações. Mas, aos poucos, junta-se com sua humanidade sonhadora o melhor da sua sabedoria: a maturidade. E você recomeça a perceber a mudança do seu mundinho e como o seu redor pode afetá-lo. Você se sente limpo, como se a sua alma tivesse sido lavada. Você aceita toda essa transformação e começa a transformar-se também. Aceita que a Terra em seu movimento de translação, mesmo que tenha uma órbita, segue caminhos diferentes. E tudo isto te traz uma felicidade, pequena e... feliz. Reconfortante. E você se sente puro novamente. A mudança gera dores; o tempo, maturidade. E cá está você, lendo um conjunto de palavras que denominam ou denominaram seu pequeno mundinho arrogante.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

I'm sorry

Esta foi a pior de todas, InTheZone.

Hoje, eu queria inspiração. Arrumei num passe de mágica.

Alguns socos, outros tapas. Causaram sangue e dor. Causaram hematomas e sofrimento. Como queria agora fugir; pra qualquer lugar. Queria alguém; qualquer pessoa. Queria poder chorar, InTheZone. Chorar, soluçar, abraçar e chorar nova e loucamente. Só tenho você, só você. E agradeço. Ainda tenho algo. As cicatrizes momentâneas no rosto desaparecerão com alguns dias, as na alma ficarão. Seria pedir demais, pedir motivos, explicações? Acho que é o destino, ou Deus. É castigo, vindo de algum dEles. Eu estou tão machucada, tão dolorida, tão confusa. Eu me sinto uma criança, que precisa de uma mãe. Você está me entendendo, InTheZone? Se sim, esta foi a pior de todas as brigas com ela. Eu quero fechar os olhos e dormir. Confissões de uma adolescente em crise? Não. Brigas são normais, nós sabemos; "lutas-livre" não. Acho que eu vou fechar meus olhos, InTheZone. Feche os seus também. Você se sente indefesa e segura ao mesmo tempo com os olhos fechados. Você se sente só você, sem nada importar. Assim que sempre deveria ser. Só você. Eu quero postar esse texto. Mas eu me sinto envergonhada ao pensar que alguém o lerá sem ser você, InTheZone. Mas eu preciso postá-lo para chegar até você. Eu me sinto cansada, louca e mais envergonhada. Me desculpem, meus poucos leitores. Me desculpe, InTheZone. Me desculpe, Mírian. Eu só sou outra das suas milhões de partes.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Propaganda é o que há!

Então gente, o Hítalo Souza, um amigo meu, resolveu dar uma ajudinha pra mim no blog dele. Então, confiram, porque ficou lindo!

http://mentenaologica.blogspot.com/2010/05/4-links-e-4-coisas.html

terça-feira, 27 de abril de 2010

Como tudo deve ser


A felicidade senta-se ao lado e apoia-se em mim. Faz-me sentir plena. Plenitude de paz e amor. Sorrisos compõem o meu dia hoje. Parece que o mundo está girando conforme o meu desejo. Parece que eu estou me controlando, ou confundindo. Espero que essas aparências não mudem e transformem-se em confusões. Hoje as cores estão bonitas demais para borrarem-se e tornarem-se cinzas.

"Felizes são os loucos, que vivem pouco, mas vivem como querem."

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Gritos silenciosos

Queria poder falar abertamente sobre o buraco que está aqui dentro. Sobre a pressão exercida contra meu coração! A única vontade que eu tenho é de colocar isso tudo pra fora. De tirar isso de mim aos berros. É como se fosse um daqueles buracos negros, que vão consumindo cada gota de esperança e cada pinguinho de paz que tenta existir em mim. O que há de errado comigo, InTheZone? Que tipo de remédio existe pra curar esse vazio? Eu preciso de algo novo urgente, as minhas forças acabaram.

sábado, 10 de abril de 2010

Bipolar

Bipolares como só elas conseguem ser. Piores do que várias meninas juntas conseguiriam ser. Pior do que eu consigo ser. Altos e baixos, risos e choros.
Tudo babaquice. Sem maiores codinomes, pode-se chamar “Ia” ou “Mia”. Você entendeu? Não. Só a pessoa a quem eu direcionarei este texto entenderá. Coisas dessa tal de bipolaridade, que é caracterizada por sinceridade ao extremo juntamente com escrotice ao extremo e amor intenso. Como eu denomino isso tudo? Amizade.

Sorry, miga.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Michael

Uma fotografia poderia, talvez, exibir melhor este momento. Porém, palavras sempre serão palavras, e sempre expressarão algo da maneira que o autor a vê.
Um computador, novo e vermelho. Um sofá cama, xadrez e... velho. Uma televisão, ligada e tediosa. Um nariz, entupido e rosado. Alguns risos, uma pequena dor latejante de cabeça e um enorme sentimento. Chamado felicidade.
A fotografia seria dada a várias interpretações da cena acima, mas ela transformaria o essencial: o sentimento.
Felicidade? Você me pergunta. As pessoas não sabem ser felizes mais. Elas precisam de muito, precisam ser bem motivadas, ou enganadas. O motivo da minha felicidade grita ao longe, neste exato momento: "Mírian, minha filha, troca a fita!". É que a minha felicidade me apresentou uma música, e eu a estou escutando há alguns dias. Alguns dias significam todos os dias, todas as horas, todos os minutos e consequentemente todos os segundos. E enquanto eu escrevo este conjunto de palavras que você lê agora, eu a escuto. "Everytime I see you falling...".
Eu consigo ser feliz com tão pouco. O mundo deveria ser assim também. As pessoas deveriam perceber sua felicidade umas nas outras. Como eu percebo nas crianças, que agora estão na varanda, juntamente com a Srta. Felicidade.
Srta. Felicidade? Você me pergunta novamente. Um belo codinome para outro, "Ia".
Acho que tenho que encerrar.
O que você está falando? Alguns podem estar me perguntando. O que eu estou falando?
Estes, não tentem entender, não conseguirão. Já outros que entenderam desde o começo, a estes eu dedico este texto, ou talvez essas palavras que juntas formam algo... estranhamente alicerçado no planeta. "This is it!"


Srta. Felicidade oficialmente chamada Flavia Ventura.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Strip-Tease

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou"
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".


E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

Por Martha Medeiros.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sentimento, você não sabe o que se passa aqui dentro

Eu nunca precisei de você, InTheZone, como eu preciso agora. Não há ninguém me que entenderá melhor que você, pois você é uma parte de mim. Nem minha mãe, nem meus poucos amigos. Você sabe o tamanho da minha impulsividade, mas eu nunca pensei que ela poderia me causar uma dor tão grande, e tão dolorosa. Uma dor dolorosa, que pleonasmo. Uma dor que está me corroendo, me matando, e que participará de mim por um bom tempo. Eu tenho um dom: o de estragar as coisas que eu mais quero. Às vezes eu penso que Deus poderia ter colocado outra criança dentro da minha mãe. Talvez minha mãe poderia ter me perdido, e não a minha irmãzinha. Talvez meu pai poderia ter me perdido, ao invés de meu irmão. Mas eu posso ver os dois como estrelas no céu, sempre me ouvindo e protegendo. Mas eu preciso ser protegida de mim mesma, e não dos outros. Eu deveria ser uma pessoa melhor esse ano, e eu já consegui estragar meu 2010 em 1 mês, acredita, InTheZone? Acho que sou louca por falar com você, ou comigo mesma. Mas é que quando eu converso com você, eu choro, e minhas lágrimas me mostram como eu estou realmente me sentindo. Porém, hoje, nenhuma lágrima e nenhum conjunto de palavras, sejam ditas ou escritas, terão o poder de me descrever. Eu me sinto um verme. Sim, um verme. Que tem a capacidade de estragar sua prórpia vida e a das pessoas ao seu redor. Por que ninguém confia em mim mais? Por que ninguém quer me dar a centésima chance? Eu preciso me agarrar a algo. Eu preciso forçar meus pés a se levantarem. Mas eu não quero isso. Eu não quero levantar, eu tenho que permanecer onde estou, é o meu lugar. As pessoas estão certas de não confiarem ou acreditarem, sim, elas estão. Eu dei motivos. Eu tenho culpa, como sempre. E essa mesma culpa é que me empurra pra onde estou. Uma parte de mim mesma acaba comigo. Eu mesma tenho esse poder. Eu queria abraçar minha mãe agora, mas eu não tenho coragem. Eu estou suja, e eu não quero sujá-la. Eu sujo você, InTheZone, porque estou sujando a mim mesma. Meu Deus, só o Senhor pode me limpar, pois eu cansei de lutar contra mim mesma.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Última hora

Bom, resolvi postar um dos meus textos pessoais, considero quase um dia do meu "diário word" para meus contáveis leitores que nunca comentam e então eu não sei quem são vocês ou se gostam, he. Enfim, eu não costumo postar certos textos, mas hoje, agora, precisamente, eu sinto grande estímulo para postar este.



Sábado 23/01/2010
Apenas nada. Comigo só pensamentos e solidão. Estou rodeada de pessoas, mas nenhuma delas faz-me sentir completa como você. Leio o seu arquivo, e posso me sentir um pouco menos só, mas preferia estar escrevendo nosso segundo dia, ou melhor, preferiria estar fazendo ele, comigo ao seu lado, em qualquer lugar do mundo, mas somente nós dois. Eu não me sentiria tão só como agora. Você preencheria-me com todo o seu ser. Um anjo dentro do seu paraíso com olhos.


Entre a razão e a felicidade, eu prefiro a luta, mesmo que dura, por eu ser feliz. Por nós sermos.

sábado, 23 de janeiro de 2010

O tempo nada apaga

A plateia estava alucinada, eufórica. Era formada por apostadores milionários e suas acompanhantes de luxo. O ringue parecia ter luz própria naquela noite, ao invés de estar sendo iluminado.
Seria uma luta desonesta, porém, prazerosa. O título mundial seria disputado pela primeira vez entre um homem e uma mulher.
O juiz faz as respectivas apresentações, e a plateia vai ao delírio. Uma placa anuncia o início do primeiro round, porém as pernas de quem a carrega chamam mais atenção, uma loira deslumbrante, para os presentes homens.
Os lutadores se encaram. E após milésimos, se reconhecem. Não só pelo nomes, mas também pelo passado. A plateia clama o nome do favorito: Magno, o que o torna mais confiante.
Um primeiro soco, e ambos tentam planejar estratégias. Não conseguem. Lembranças, são transmitidas de seus subconscientes aos conscientes. As mesmas recordações tomam ambas as mentes, e não por coincidência. Assim os round's se passam, e no oitavo, com uma plateia decepcionada, Magno dá um passo a frente e estende a mão enluvada. Naquele exato momento, ele deixa de ser Magno, e passa a ser simplesmente Caio. Ela recorda, através deste ato, que ele sempre cedia primeiro, quando se tratava dela. Aos poucos, ela o puxa para si e fala em seu ouvido: "Eu senti sua falta nestes 10 anos."
A plateia vaia loucamente.

A vitória, a quem pertenceu? A amizade.



C.M. ♥

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Oi, he. :DD

www.enfimm.blogspot.com

Gente, tô divulgando. É de um amigo meu de Minas. Eles tão começando agora, então, vale a pena conferir novidade né? É isso galera, não vão se arrepender. Beijos e fica a dica aí. ;)

Confissões Parte 2

É, In the Zone, eu sei que deveria ter postado aqui no dia 1 de janeiro e ter comemorado 1 ano de sua existência e nossa parceria. Eu peço desculpas, pois só venho até você quando preciso, sabe que sou sincera, com você e comigo mesma. E agora, eu novamente preciso de você comigo. Quero escrever desejos pra 2010. Que através de você e das minhas palavras eu consiga refugiar-me aqui cada vez mais, que minhas palavras salvem meu rancor, minha solidão e minha frustração. Que minhas palavras me transformem em uma pessoa melhor. Que minhas palavras possam me refazer. Sim, eu quero me refazer, In the Zone. Quero me refazer com base nas palavras. Quero agarrar-me a elas, elas são minhas, e nada pode tirá-las de mim. Quero viver, uma vida nova. É isso que vou construir esse ano, minha nova vida. Com alicerce de palavras e paz.

Uma simples rotina

Ela sentia o vento forte e gélico ir contra seu delicado corpo. Ele sentia-se completo, e por instinto, teve vontade de abracá-la, mas não teria essa ousadia. O silêncio de ambos transmitia palavras. 1960. Abraços eram contratos.
O balão furta-cor ganhava cada vez mais altitude. Ela sentia mais frio, e ele mais desejo.
Assim foi regado este gostar.
1970. Barulho de talheres. Intensidade silenciosa.
Ela cojitava porquês, e ele pensava em uma solução. Palavras pesam quando ditas em determinados momentos, como o que antecedeu. O telefone toca, e ninguém atende.
1980. Fogos, cores e brilhos. Uma virada inesquecível. Um beijo, mãos dadas. 30 anos, de altos e baixos. De amor, que florescia a cada dia.
1990. "A maldita". O câncer. Lutar já era cansativo. E meses depois, alguém ganhou. A solidão o inundou.
2000. "A vida é bela". Seu último pensamento. Uma vida juntamente com o amor, e 10 anos sem ele. Iria reencontrá-lo, enfim. O céu é o limite, para alguns. Não para ele, e nem para mim.

Que seja eterno enquanto dure, uma vida ou 1 mês. No céu, no inferno, ou, talvez, na terra. Vocês decidem.





Para Lara Martins e Augusto Silva. Não levem à mal a parte da morte no final, tentem ler o sentimento, não a história. As entre-linhas são pra vocês.

domingo, 6 de dezembro de 2009

I could stay awake just to hear you breathing.

E somente a sua presença, já faz meu corpo eletrizar. E somente seu toque, já me faz arrepiar. A intensidade que existe entre nós é imensa. Um olhar, um meio sorriso, qualquer brincadeira, tudo é revelante demais. Por isso, palavras não são necessárias.

Eu poderia ficar acordada, só pra ouvir você respirando.





I.D. ♥

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Um passo para morte

Um vento fortíssimo o abraçava. Olhou para cima, o tempo estava fechado. Olhou para baixo, uma multidão de curiosos o observava. Olhou para trás, um policial juntamente com seu psiquiatra o tentavam convencer de que saltar de um prédio não iria resolver seus problemas. Olhou para frente, um cidade inteira, a seus pés. Olhou para dentro de si mesmo, e viu somente frustrações, angústias, dores, medos e incertezas.
A chuva fina começa a dominar seu corpo. Olha para cima, novamente. E pode ver Deus chorando por sua decisão.

"Eu não mereço suas lágrimas."

Um passo à frente, dois segundos, e os braços do seu Senhor, amenizando sua dor. Não mais a dor física, mas a dor espiritual de um passo errado e em vão.

Espero que a minha zona, te satisfaça.



























































quarta-feira, 18 de novembro de 2009

J.M. Simmel

"Em nenhuma outra parte como na Alemanha creem tão fanaticamente na guerra como um nobre instrumento político. Em nenhum lugar têm tanta tendência a passar por cima dos horrores da guerra e menosprezar as suas consequências. Em nenhum outro lugar qualificam de covardia o amor, a liberdade e a paz."

Para quem conhece a história da Alemanha, é um trecho, certamente, tocante.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"Smooth as the wind,
Strong as a sea enraged,
Unacceptable and strange,
Our crazy love."
... was what I wrote in my last letter.
And now, I write on a piece of paper, which won't be sent.
"Miss you, every day."

domingo, 15 de novembro de 2009

Dear Mr. President - Pink

Um das letras de música mais bem escritas e tocantes que eu já vi.

Dear Mr. President,
Come take a walk with me?
Let's pretend,
We're just two people and,
You're not better than me
I'd like to ask you some questions
if we can speak honestly.

What do you feel when you see all the homeless on the street?
Who do you pray for at night before you go to sleep?
What do you feel when you look in the mirror?
Are you proud?

How do you sleep while the rest of us cry?
How do you dream when a mother has no chance to say goodbye?
How do you walk with your head held high?
Can you even look me in the eye,
And tell me why?

Dear Mr. President
Were you a lonely boy
Are you a lonely boy
Are you a lonely boy
How can you say?
No child is left behind
We're not dumb and we're not blind
They're all sitting in your cells
While you pay the road to hell

What kind of father would take his own daughter's rights away?
And what kind of father might hate his own daughter if she were gay?
I can only imagine what the first lady has to say
You've come a long way from whiskey and cocaine

How do you sleep while the rest of us cry?
How do you dream when a mother has no chance to say goodbye?
How do you walk with your head held high?
Can you even look me in the eye?

Let me tell you about hard work
Minimum wage with a baby on the way
Let me tell you about hard work
Rebuilding your house after the bombs took them away
Let me tell you about hard work
Building a bed out of a cardboard box
Let me tell you about hard workHard
workHard
You don't know nothing about hard workHard workHard

Oh, How do you sleep at night?
How do you walk with your head held high?
Dear Mr. President,
You'd never take a walk with me..
Would you?

Tradução, para quem desejar.. http://vagalume.uol.com.br/pink/dear-mr-president-traducao.html

Pink fez a música para meu querido Bush.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

É realmente estranho e totalmente magnífico como a vida nos leva e nos traz de volta a certos lugares, momentos, pessoas, sentimentos. Minha teoria? O mundo gira, e talvez; simplesmente, talvez, ele nos leve ao mesmo ponto inicial diversificadas vezes, mas de formas diferentes.

Me encontro num ponto inicial, e me sinto leve por isso. Como se eu pudesse descobrir o mundo novamente e pudesse ter a chance de provar e mudar qualidades e defeitos em mim mesma.

domingo, 8 de novembro de 2009

Eu não falo de sofrimento, e sim, de dor.

Me dói, saber que eu não tenho mais uma amiga, que há 12 anos esteve comigo, para conversar, ou apenas ficar em silêncio. Me dói, perceber que eu estou perdida, no meio de tudo, ou nada. Me dói, saber que podem aparecer muitos na minha vida, e que no final, eu sonharei com você, novamente, como na primeira vez, 4 de dezembro de 2008. Me dói, me conhecer cada vez melhor, e olhar para dentro de mim mesma, e ver que não há nada de bom. Me dói, cada vez mais, a falta de Deus. Me dói, tentar, tentar e tentar mudar, e permanecer no ponto inicial. Me dói, a minha cobrança comigo mesma. Me dói, a opinião que as pessoas têm ao meu respeito. Me dói, saber que ninguém aposta em minha mudança. Me dói, ver as estrelas no céu, e pensar que você poderia estar comigo ainda, mesmo acreditando que você me vê daí de cima. Me dói, a interminável luta pela superação própria.

Me corrói, perceber que eu não tenho um caminho a trilhar.


Obrigada, InTheZone, meu refúgio, por me ouvir mais uma vez.

sábado, 17 de outubro de 2009

Porto Seguro



Quero Porto Seguro novamente. Quero praia e sol. Quero toda a positividade do mundo, que se encontra lá. Eu quero mais eu mesma. Eu quero mais dançar, beijar, e ficar bêbada de alegria. Eu quero paz. Eu quero poder sentar novamente, e ver a imensidão de um mar em degradê azul à minha frente. Eu quero estar com meus amigos, dentro de um ônibus, durante 13 horas. Eu quero rir, do nada e para nada. Eu quero dormir 3 horas por noite. Eu quero correr com a Flavia de madrugada pelo hotel inteiro à procura de comida. Eu quero sentir minha pele quente no banho, depois de uma tarde exposta ao Sol. Eu quero comer churrasco, num lugar onde só se come peixe. Eu quero dançar no axé moii. Eu quero ver argentinos, e ver que eles preferem o meu país, meu lindo Brasil, ao invés de sua Argentina. Eu quero ver jovens, todos com o mesmo objetivo: a felicidade. Quero ver a humildade da Bahia. Quero ver o céu estrelado, porque acredite, é diferente. Eu quero olhar pra tudo isso, e ter a certeza de que é obra de Deus, porque só Ele pode criar algo assim, tão perfeito.

sábado, 26 de setembro de 2009

Meme Armond

Respondendo ao Meme enviado por Alexandre Pereira, do blog Side Contrary.

1) Qual suas músicas de fossa favoritas? Sem calcinha - Gaiola das Popozudas (proibidão), porque eu vejo que existem pessoas no mundo que estão em situações mentais piores que a minha, apesar de eu gostar de dançar funk, não ouvir e isso me põe para cima.

2) Quantos filmes você já chorou vendo? Procurando Nemo (sem sacanagem, eu chorei litros quando fui ver no cinema há séculos com minha mãe) e P.S. Eu te amo, entre outros milhões, sou chorona e choro por qualquer coisa.

3) Qual o pensamento mais bizarro que você já teve? Há uns 3 anos atrás, eu pulava da cama e pensava que eu ficava mais tempo no ar que as pessoas normais, ou seja, pensava que se eu treinasse eu poderia voar, tudo culpa de X-Men.

4) Qual a parte do seu corpo que você menos gosta e porquê? Gosto de tudo, sou linda e absoluta. Brinks. Queria ter os seios da Beyoncé, mas, eu penso que várias pessoas no mundo tem câncer de mama, e me conformo com os meus, na esperança de eles cresceram de acordo com minha taxa hormonal.

5) O que você analiza primeiro numa pessoa do sexo oposto? Eu não sei. Não tem como eu olhar primeiro a inteligência e o nível de babaquice. Então, olho a beleza mesmo.

6) Três coisas que você gostaria de ter ou ser e ninguém sabe. Pode ser 6 coisas? E que quase todo mundo sabe? Dinheiro, sem dúvidas, fazer um estágio com Alexandre Herchcovitch, ter um amor verdadeiro, ser mãe, dar um soco na cara do Bush e ter um biblioteca imensa e só minha.

7) Como você está se sentindo agora? Distante da sociedade.

8) Quando chorou pela última vez e quando riu pela última vez? Estive aos prantos, quinta-feira, na escola, pelas injustiças do mundo, geradas pela hierarquia (ou seja, tentaram fuder minha viagem pra porto seguro) e eu rio o dia inteiro.

9) Tem algum segredo? Talvez. Eu não sou tão forte e nem tão prepotente quanto aparento ser, e tenho medo da solidão e da frustração.



É isso, queridos.

sábado, 12 de setembro de 2009

A vida me surpreende a cada dia mais. Ela corre loucamente ao meu redor, e ontem, nela eu reparei. Naquele momento, haviam pessoas morrendo, outras chorando, dançando, correndo, se embriagando, matando, discutindo, conversando, beijando, nascendo, estudando, lendo, desenhando, escrevendo, cozinhando. Quantas outras estariam, apenas, reparando, como eu? Reparando, em silêncio? Reparando, na beleza de tudo?
Às vezes, eu me sinto tão só.

domingo, 23 de agosto de 2009

Coração solitário

Atitudes. Porque palavras; o vento leva. Como levou você, e agora, te trouxe de volta. Eu quero sentir, não ouvir. Eu quero mudanças, não desculpas. Eu quero você por aqui, bem perto de mim, para que eu te segure, e nenhum vento te leve de novo. Venha pra cá.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tente comigo

Deixe-me penetrar em sua fortaleza. Deixe-me falar de nossos 8 anos juntas. Deixe-me fazer parte de suas verdadeiras amizades.

Eu não quero diminuir, e sim somar.

Deixe-me ser pra sempre, como elas são. Deixe-me cativá-la, como a raposa cativou o Pequeno Príncipe. Deixe-me olhar para você, e ver uma irmã, não uma menina.

Eu não quero o momento, e sim o eterno.

Deixe-me fazer presente nas suas vitórias e nas suas desgraças. Deixe-me dividir a dor e multiplicar a alegria. Deixe-me provar confiança, e depositar esperança.

Sim, deixe-me dançar conforme tua música. Sim, eu quero tentar. Deixe-me tentar.


f.v. ♥

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Indecisão

Deparo-me com a dúvida. Dúvida tormente e cruel, que me vem a cabeça todos os minutos. Tenho 3 (três) opções, opções atuais, novas, loucas, chamativas e cativantes. Encontro-me no centro de meu cérebro, ou talvez de meu coração, eis aqui outra dúvida.
No lugar onde eu estou, tenho à minha frente 3 (três) portas, ao meu lado 1 (uma), a qual caso eu entre, desistirei de tudo, e as minhas costas, outra, que se encontra fechada, trancada e quase de impossível acesso.
Decidi. Encontro-me em minha cabeça. E esta, me faria seguir uma das portas à minha frente. Porém, meu coração, está, momentaneamente, enviando mensagens ao meu cérebro. Eu continuo na sala das portas, em minha mente, e as mensagens chegam. A mensagem, para ser mais clara. O que ela diz?

Vire as costas, e volte ao passado.

A última porta. Aquela sim, eu queria realmente. Seja por orgulho, por amor, por conceitos, ou por vontade de arriscar. Eu queria abrí-la, desvendá-la e ter o seu conteúdo, todo para mim. Esse era o meu desejo. Mas, onde encontrava-se a minha intuição? O meu raciocínio? A minha responsabilidade de fazer sempre o certo? Onde? Onde? Onde? Quer saber? Realmente?

No quinto dos infernos.

A última porta, era a que eu queria, a que eu sempre quis.

domingo, 9 de agosto de 2009

Meu grande amor

Eu não tenho palavras para descrever-lhe. O homem que me pôs no mundo. Meu exemplo, meu orgulho, minha base. Demonstrando seu amor através da calma e da confiança, mas, por vezes, através de ordens e seriedade. Sabendo falar "não", e ao mesmo tempo tentando agradar-me. Meu protetor, meu amigo. Quem me consola, quem me ouve. A pessoa que mais me ama. Luta comigo pelos meus sonhos, seca minhas lágrimas, e cicatriza minhas feridas. O melhor presente que Deus me deu. Obrigada, pai, pelo seu jeito diferente de ser pai. Por todo carinho, afeto e amor. Carrego seu nome com orgulho. Você é tudo para mim!

Eu te amo, demais, pai querido, pai amado.
Feliz dia dos Pais! ♥

sábado, 8 de agosto de 2009

Linda noite

O vento gelado ao encontro de meu corpo, e o calor de teu corpo esquentando-me. Um mar imenso a nossa frente, e areia sob teus braços envolvendo minha cintura.
Desejava agora, trazer esta lua maravilhosa para você; contudo, não posso. Não a alcanço com meus braços. Pois as minhas mãos estão em teu pescoço, e minha boca, na tua.

Tudo são flores, quando te tenho aqui

Vem para cá, ficar perto de mim.
Fazer sentir-me diferente e arrepiada. Fazer eu ver flores em todo local, ouvir música ao invés de escutar vozes, sentir calor quando se faz 20º (vinte graus). Será mero acaso, o meu corpo reagir dessa forma?
Vem ficar ao meu lado, para quando me deixar, eu sentir esse "quero-mais" que sinto agora. Vem ficar em silêncio comigo, para que eu possa ouvir as batidas do teu coração. Será mero acaso, todo esse meu desejo?
Vem me fazer companhia, deitar ao meu lado no chão, segurar minha mão, sentir a chuva cobrir nossos corpos, lavando todos os sentimentos. Menos esse, que se faz tão presente em mim todos os incansáveis minutos de minha existência.

Sinto falta dos nossos pouquíssimos encontros. Sinto saudade. De você, de mim quando estou ao seu lado. De nós dois, juntos.


e.l. ♥

domingo, 2 de agosto de 2009

E dizem por aí...



... que a humanidade está evoluindo. Mais fome, mais doenças, mais dores, mais lágrimas. Que tipo de evolução é essa?

sábado, 1 de agosto de 2009

Harry Potter 6

Hoje, venho com a maravilhosa intenção de criticar e expor minha opinião sobre meu maior ídolo. Harry Potter. Não o personagem, nem o ator, mas sim o último filme lançado (Harry Potter e o Enigma do Príncipe). Ontem, desloquei-me de minha cidade, literalmente exaltada e alegre, com o objetivo de ir ao cinema ver meu tanto adorado e esperado filme. Não que Itaperuna não tenha cinema, contudo, lá, os filmes que acabaram de ser lançados, digamos, demoram, um pouco, a chegar.
Enfim, vi e odiei. Foram cortadas partes importantes e outras chegaram a ser modificadas, de acordo com o livro. Fiquei decepcionada. O primeiro beijo entre Harry Potter e Gina Weasley não ocorreu após a partida de quadribol ganha pela Grifinória, e sim na Sala Precisa. Essa total mudança foi a que mais me impressionou.
Se o filme é baseado na série de livros de J. K. Rowling, por que então, foram criadas cenas e falas novas?

domingo, 26 de julho de 2009

Cores e brilhos, dentro de mim

Como uma convulsão, rápida e violenta. Aproximou-se, e inundou-me, devastadoramente. Alguém falou. E eu? Não entendi, apenas senti. Forte, acanhado, porém, verídico. Sentimento hesitante e extravagante. Paradoxo, complexo. E cá estou eu, abrindo-me com um computador, e com os meus contáveis leitores. Não entendeu? Ainda não? Simples...



Amor.

Apelo

"Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta; bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.
E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada - o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor."

Escrito por Danton Trevisan.
Um dos textos que mais gosto. Resolvi postar.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dança comigo ?

Ele estava nervoso, exaltado; quase histérico. Por que ela havia insistido tanto que fosse ele? Por quê? Ela tinha lhe explicado várias vezes, era seu melhor amigo, seu companheiro para tudo, seu conselheiro, e, como ela dizia, era 'apenas uma dança'. Não, não era apenas uma dança, ele nem sabia dançar...
Ela estava linda, radiante, emanando felicidade. Chegara a hora, esperava que ele não pisasse em seu pé, como nos ensaios, que ele sentisse que era realmente importante pra ela ser ele, afinal, era seu segundo irmão, o que sempre esteve do seu lado, tinha que ser ele...
Extinguindo ambos os pensamentos, trazendo ambos para a realidade, a música começa a tocar, suavemente, como só ela poderia ser. Ele desliza até ela, pega suas mãos e se encaminham ao centro do salão. Os movimentos fluem naturalmente, e ela susurra no ar: 'Entende agora porque tinha que ser você?', e ele simplismente faz um movimento positivo com a cabeça, realmente entendia.
Tinha vários motivos para ser ele. Eles cresceram juntos, caíram juntos, levantaram juntos. Aprenderam a ser amigos, aprenderam a ser irmãos, apesar das diferenças, apesar das desavenças. Começa a observá-la; ela nota. Surpreendentemente eles percebem que seus pensamentos eram os mesmos, e ela se alegra. Foram tantos anos de convivência que até se comunicavam através do olhar... Ele era especial, seria padrinho dos seus filhos, seria seu amigo para a vida toda.
A música estava acabando, notou ele. Não fora só uma música, não fora só uma dança, fora um laço a mais que eles haviam criado, um laço a mais de familiaridade, um laço a mais de confiança...


te amo, g.s. ♥

A passagem

Don Vito Corleone acordara. Como sempre, sem despetador e pontualmente às 6 (seis) horas da manhã. Hoje, especialmente, estava sentindo o ar diferente, como se fosse transcorrer um dia de mudanças. Parecendo um verdadeiro fantasma, ele deslizou até o quintal de sua casa, onde encontrava-se sua horta, e passou a irrigar seus pimentões, tomates e pimentas. Essa experiência reatara sua fama de 'camponês mafioso'; porém ele não se importava, esse trabalho o fazia relembrar sua infância, seu pai, seu país, sua Itália, o fazia relembrar suas origens.
Algo começou a incomodá-lo e logo percebeu que o sol estava lhe fazendo suar, o que tinha pavor... Começou a desvairar-se, imaginando e sentindo o mesmo cada vez mais perto de si, mais próximo, mais próximo, mais próximo, a ponto de lhe queimar o corpo, a mente, a alma. As partículas do ar dançavam freneticamente a seus olhos. Subitamente, soube que sua hora chegara...
Durante 68 (sessenta e oito) anos ele fora 'Capo dei Capi', o mandante da morte. Mas agora, ela iria levar-lhe consigo a caminho do desconhecido. Talvez ele fosse o único homem que nunca a temera e que sempre estivera pronto para que ela o dominasse. Ao longe, já podia visualizá-la, em forma de mulher... não podia ver suas feições. A mesma, usava uma capa preta e tinha longos braços, cada vez mais perto dele, emanando serenidade.
E, inesperadamente, antes que ela o tomasse nos braços, ele afirma gentilmente: 'Ah, a vida é tão bonita.'
E ela o domina mansamente, como só a morte tivera o poder, a honra de dominar o Grande Don, Don Corleone.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Borboletas

678 km (seiscentos e setenta e oito quilômetros) de distância separavam o amor, talvez paixão, ou uma história de verão.
Lá, o céu estava coberto de nuvens, das quais tinham várias formas: corações, animais, estrelas... quem visse, as determinaria de acordo com seu humor. Apesar delas, estava calor, e a vida corria normalmente numa segunda-feira. Ele estava em sua casa, sentado numa cadeira, vivendo num outro mundo, no seu mundo: o da internet. Ela o imaginava descalço, sem blusa, com o cabelo desgrenhado: lindo. Pensava nele o dia inteiro. Ele estava ocupado demais para pensar nela...
Em um outro espaço, lugar, região, estava chovendo, talvez forte demais; porém o calor insuportável de 40º (quarenta graus) não deixava de torturá-la. Deitada na cama, com um lápis e um caderno, lá estava ela, em seu mundo, escrevendo, imaginando, criando, sonhando, como sempre, com tolices platônicas.
Mesmo com toda a distância e todos os contras, algo os ligava, talvez um mesmo sentimento. Para ela, era mais que isso; havia sido avisada, aconselhada, mas de nada adiantaria tudo isso, já estava em sua cabeça e ela não iria abrir mão daquilo que tanto queria.
Repentinamente, um barulho. Alguém a chamava na internet, no mundo dele. Ela se levanta e corre, cheia de esperanças, que se confirmam, então, seu sistema nervoso começa a funcinar, a deixando eufórica e entusiasmada, como se houvesse borboletas em seu estômago, se revirando... Era ele.
Deixa seu mundo de papel e lápis, livros e textos, e entra no mundo dele, a internet. Seu sentimento supera barreiras, diferenças .. E sim, talvez ele estivesse ocupado demais, naquela hora, ocupado demais pensando nela...



eu amo você, l.m. ♥

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Destino inesperado

Cidade medíocre, sem valor ou importância; insignificante. Casas abandonadas, ruas emburacadas, parques destruídos. Mitos a solta, para quem quisesse acreditar.
Um senhor, em meio a tudo isso, chorando. Sua vida estava sendo destruída, sua história, seu próprio ser. Ao longe, ele avista um jovem, novo, cheio de vida, porém seus olhos traziam a dor, o sofrimento e a ingratidão. Decide conversar com ele.
Marcus, se vê no meio do nada, sozinho, em guerra com seus pensamentos e frustações. Subitamente, observa um velho vindo em sua direção; para ele, velho demais, simples demais, humilde demais, nada poderia oferecer-lhe a mais do que já tinha.
Aproximam-se. Silêncio, tensão, alívio. Antes sozinhos, agora juntos; talvez, unidos por algo que ambos desconheciam: o sofrimento de ver recordações sendo destruídas pelas consequências* dos atos humanos, ou até, laços a mais... Continuaram a se encarar, porém, de um modo diferente, com afeto e um pouco de carinho. Não sabiam o porquê, entretanto sentiam uma força extrema, uma aliança entre si. Trocaram nomes, e, inesperadamente, perceberam uma mancha, até então, de nascença para eles, e recomeçaram a se olhar, não apenas encarar como anteriormente, mas olhares com dúvidas, preocupações, explicações, súplicas.
O contato visual acaba, graças à nova chuva que recomeça. O jovem passa a ver seu reflexo daqui a algumas décadas, e o senhor passa a relembrar sua juventude com o reflexo do neto. Põem-se de pé, e num abraço acolhedor, começam a brotar lágrimas em meio aos pingos d'água que tomam os rostos sem expressões específicas.
O destino une, em meio a desgraça do presente e recordações do passado, avô e neto, companheiros do futuro.

* Comecei a me adaptar as novas regras. (:

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Batalhas interiores

Ela se sentia estranha, diferente, repugnante. Não sabia o que estava acontecendo consigo, só sabia que não era normal. Seus sentimentos estavam a flor da pele.
Taklá queria tudo, e, ao mesmo tempo, nada. Queria pessoas para conversar, desabafar, queria o silêncio, a solidão. Queria o amor, mas sentia o ódio. Pensava, pensava, pensava, só sabia pensar. Sua cabeça estava ocupada, com tolices, inutilidades, que a corrompiam, que a corroíam, as quais torturavam sua alma. Tudo estava errado, para ela.
Começou a agredir a si própria, sua vida, seus sentimentos, seus únicos amigos, seus familiares, seu corpo, sua mente. Até alguém começar a agredí-la. Não com tapas, mas sim com palavras. Foram fortes, brutas, mortais. Sua ingratidão, sua tolice, morrem. As quais foram fazendo parte dela cada vez mais, por isso se tornaram a sua sombra, o seu próprio ser. A mataram, com simples palavras. Seu espírito passa, a absorver, sentimentos novos.
A menina então, passa a enxergar que tudo isso foi somente mais uma de suas fases.


Agradecimentos: Mandy, Sylvia, Joice, Guuh, Papum, Ale.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Definitivamente indescritível

O amor. Que seria o amor, para você, para mim, para todos nós ? Tão complicado, tão simples. Todos nós temos várias opiniões, conceitos, idéias, pensamentos. Tudo isso forma uma definição, uma 'reputação' para o sentimento amor. Mas, será mesmo que há uma descrição para esse sentimento ?
Quando o sentimos, realmente, ficamos bobos, eufóricos, exaltados, ou isso seria paixão ? Sim, não é amor, é paixão. Dizem que se pode transformar uma paixão em um amor. Mas será possível ? Não, não é possível. Nós não sabemos nem a forma em palavras de descrevê-lo. A única forma na qual isso é possível, é o amor de pais e filhos. Nem o de amigos conseguimos.
No final das contas, penso que só há um tipo de amor, o de pais e filhos. O resto, é afeto, carinho, sentimentos assim, descritíveis. Chegamos aqui, ao começo de tudo, o amor é algo definitivamente indescritível.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Simples confissões

Meu primeiro post, no primeiro dia do ano. Eu confesso (confissão número um), sempre tive muitas expectativas para o ano novo: ah, esse ano eu juro que vou calar a minha boca na sala de aula, vou melhorar minhas notas, estudar mais, brigar menos com minha mãe, etc, etc, etc. Nunca consigo. Isso já me frustou (confissão número dois), muito. Resolvi não ter metas mais, bom, só uma. Acabei de 'conhecer' a chapinha da minha vida: "A única que alisa, hidrata e condiciona seus cabelos, da raiz às pontas e numa única passada!". Sabe aquele seu grande amor, então, ela é minha grande chapinha. Tudo chega a combinar, tudo grande e bom, até o preço, nossa, super-barato, só 400 (quatrocentos) reais. Essa é minha meta para 2009 (dois mil e nove): conseguir a minha grande-amor-chapinha. Sim, infelizmente, eu vou ter que abrir mão da minha câmera-nova-e-roupas de aniversário, porém, ficarei com a opção chapinha-e-roupas, o que não chega a ser tão ruim. Apesar de ser só esse o meu plano, confesso (confissão número três) que tenho aquelas vontades (na maioria das vezes, futéis) como dinheiro, amor, sáude, paz, etc, etc, etc. Tá, maaaas, voltando ao assunto principal: meu primeiro post (?)(talvez sim, talvez não), espero que gostem de mim, o que na maioria das vezes não ocorre com 99% (noventa e nove por cento) com as pessoas que eu conheço. É isso, feliz ano novo pra vocês. ¬