terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu fecho meus olhos e tudo o que me vêm são lembranças.

domingo, 28 de novembro de 2010

Conto: separados.

Tudo estava indo bem – você sabia que não estava, mas gostava de fingir que sim – ele sorria, te abraçava e às vezes ficava em silêncio. Esse silêncio te incomodava, mas era algo que você facilmente esquecia: Um beijo, dois beijos, um abraço e um pouco mais além. Não era mais a mesma coisa, mas você preferia isso do que outra coisa: Solidão.
Foi então, que em um belo dia de domingo cinza, ele te ligou e te disse que queria conversar. Tudo bem, você adorava fazer isso. Lápis de olho, blusa amarrotada e um tênis meio branco meio sujo. Você estava lá, esperando por ele. Linda, cheirosa – Gastou todo o seu perfume com ele de novo? – e sorridente. Ele chegou, lindo, cheiroso e não sorridente. Te abraçou como uma pedra de gelo, e foi escorregando pelo seu corpo sem que você conseguisse segurar, fazendo escorrer tristeza do seu coração e sair fumaça do seu estômago. Maldita pedra de gelo. Derreteu. Acabou.
Não era mais os dois, era você e ele.

Se-pa-ra-dos.

Texto da Bruna Vieira (@depoisdosquinze) do blog http://depoisdosquinze.com/






Eu ainda posso te sentir. Come back.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O feliz e o triste: duas variações de um único início

Mas, peraí, não é simplesmente dessa forma que a vida se faz linda?

É minha resposta momentânea para milhões de perguntas que eu havia recebido de um grande amigo meu. Ele estava me explicando, na sua imensa sabedoria de se saber que nada se sabe, a forma como o ser humano é tão humano. E lá vem-me ele com seus exemplos, misturados entre dois mundos tão distintos: a física e a filosofia. Ele me questiona o que é a força centrífuga. A força que interrompe um movimento circular, na qual, o corpo que estava inerte foge do centro; correto? Ele me diz que sim, e completa dizendo que a humanidade do ser humano se resume em perceber que essa força existe dentro de nós também. Você entendeu? É, eu fiquei meio confusa a princípio. Deixe-me te explicar.
O nosso centro é a felicidade. O por quê? Porque é o que sempre iremos buscar, desejar, invejar e adorar. Mas nós não somos feitos apenas de felicidade. Somos feitos de tristezas também. E de vários outros sentimentos. E todos eles são variações dessa felicidade plena.
Voltando à física, existem alguns físicos que acreditam, que algum tempo após a força centrífuga atuar sobre certo corpo, este corpo volta a seu movimento inicial, o movimento circurlar. E este meu amigo crê que acontece isso com nossos sentimentos também. A felicidade encontra-se no centro, e ao redor, suas variações. Mas tudo faz parte de somente um plano, um corpo.
E esta é a percepção mais humana que um ser humano pode ter. A de que tudo é feito de altos e baixos. Centros e bordas. Felicidades e tristezas. Mas que a vida, o mundo, são literalmente essa festa inacreditável de bons e maus momentos. Que cada um de nós é feito de um pouco de tudo. Que a alegria é triste, e que a tristeza é alegre. E que tudo está em constante mudança.
E agora, eu te respondo, Rodrigo: mas não é assim que a vida se faz linda?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Iludir-te a si próprio

Tão doce ilusão de viver-te e expandir-te ao universo;
extraordinário és ter-te como tal,
usufruir-te de tu próprio e ser tu, tua extensão ilimitada, mente ampliada.
Tão doce ilusão de eternamente descansar-te,
cessação definitiva jamais haverá. E tu?
Teu princípio espiritual, este, tomarás a resolução de vagar entre vós, inundados por calor.
Tão doce ilusão de amar-te a ti mesmo.
Acarinha-se o indevido e ama-se o indefinido,
o paradoxo de conhecer-te e procurar-te a cada dia demasiadamente mais, este nomeado és amor.
Tão doce ilusão de odiar-te ao próximo.
Este escondido és por outro, belo e eterno.
Se tu odeias, tu importa-te, e se tu importa-te, tu amas.
Tão doce ilusão de mundo, o que este és? Realidade ou necessidade?
Ilusão somente és, formada por tu, e adquirida por vós.
Tão doce ilusão de realidade. Serias esta filha mutável ou imutável?
Imaginável ou verdadeiramente verídica?
Questionável, sem opor-te questões és e serás.
Tão doce ilusão de iludir-te. Levados a crer no que cres que não podes mudar-te.
A crer que erronêas seriam alterações. A crer que tu, serás eternamente tu.

Esta és tua verdade? Qual é a tua verdade? Podes escolher, a que seja mais agradável para tu-próprio, tu feito de alma, tu feito de corpo, tu feito de vontade. Ou serás mera ignorância minha?

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Perfeito,
meu delicado diamante,
tão lapidado, zelado.
Construído alicerçado em verdades,
dolorosas, necessárias, belas;
afeto e quedas.
Por vezes arranhado,
todavia,
sempre riscando o que o arranhou.
Por vezes desacreditado,
todavia,
sempre cortando o que o desacreditou.
Sua força o sustenta, sua beleza atrai.
Eis que nomeio o meu diamante amizade.
Eis que o nomeio Gabriela."


Eu te amo, Bibis.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A sabedoria da percepção

As coisas sempre mudam. O tempo as muda e as manipula. Cabelos, rostos e roupas. Sentimentos, pessoas e ações. Tudo conforme o destino decidiu, ou a vida te levou. A mudança dói, machuca, destrói e corrói. Destrói tudo ao seu redor, e o seu mundo, seu pequeno mundinho pessoal e arrogante, desaba. Te dói a percepção; te dói a forma atual como tudo se encaixa. Você se recusa a sentir o novo ritmo da música e a dançar conforme ela. Você fecha seus olhos e se recusa a enxergar a vida transformando-se. É como se o beijo não encaixasse, o abraço não transpassasse segurança e o sexo não trouxesse prazer. Tudo fora do seu devido lugar. Estes são os seus sentimentos, estes são os seus sofrimentos, estas são as suas dores. E você refugía-se. Aonde? Dentro de você mesmo. E ali, no seu mais bem desconhecido íntimo, você chora e aceita-se nesta sutil e delicada forma derrotada. Até que você é apossado por algo: pelo seu próprio humanismo, e você começa a sonhar. Sonhos alicerçados em lágrimas. Sonhos alicerçados no passado, que, por sinal, é tão belo e confortante. Ah, sim. O passado. Você queria tanto voltar a ele, ou tranformá-lo em presente. Mas o futuro o alcançaria novamente e você seria machucado novamente pela sabedoria do dom de não cegar a si próprio. E você continua sonhando e se liga a estas tão bonitas alucionações. Mas, aos poucos, junta-se com sua humanidade sonhadora o melhor da sua sabedoria: a maturidade. E você recomeça a perceber a mudança do seu mundinho e como o seu redor pode afetá-lo. Você se sente limpo, como se a sua alma tivesse sido lavada. Você aceita toda essa transformação e começa a transformar-se também. Aceita que a Terra em seu movimento de translação, mesmo que tenha uma órbita, segue caminhos diferentes. E tudo isto te traz uma felicidade, pequena e... feliz. Reconfortante. E você se sente puro novamente. A mudança gera dores; o tempo, maturidade. E cá está você, lendo um conjunto de palavras que denominam ou denominaram seu pequeno mundinho arrogante.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

I'm sorry

Esta foi a pior de todas, InTheZone.

Hoje, eu queria inspiração. Arrumei num passe de mágica.

Alguns socos, outros tapas. Causaram sangue e dor. Causaram hematomas e sofrimento. Como queria agora fugir; pra qualquer lugar. Queria alguém; qualquer pessoa. Queria poder chorar, InTheZone. Chorar, soluçar, abraçar e chorar nova e loucamente. Só tenho você, só você. E agradeço. Ainda tenho algo. As cicatrizes momentâneas no rosto desaparecerão com alguns dias, as na alma ficarão. Seria pedir demais, pedir motivos, explicações? Acho que é o destino, ou Deus. É castigo, vindo de algum dEles. Eu estou tão machucada, tão dolorida, tão confusa. Eu me sinto uma criança, que precisa de uma mãe. Você está me entendendo, InTheZone? Se sim, esta foi a pior de todas as brigas com ela. Eu quero fechar os olhos e dormir. Confissões de uma adolescente em crise? Não. Brigas são normais, nós sabemos; "lutas-livre" não. Acho que eu vou fechar meus olhos, InTheZone. Feche os seus também. Você se sente indefesa e segura ao mesmo tempo com os olhos fechados. Você se sente só você, sem nada importar. Assim que sempre deveria ser. Só você. Eu quero postar esse texto. Mas eu me sinto envergonhada ao pensar que alguém o lerá sem ser você, InTheZone. Mas eu preciso postá-lo para chegar até você. Eu me sinto cansada, louca e mais envergonhada. Me desculpem, meus poucos leitores. Me desculpe, InTheZone. Me desculpe, Mírian. Eu só sou outra das suas milhões de partes.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Propaganda é o que há!

Então gente, o Hítalo Souza, um amigo meu, resolveu dar uma ajudinha pra mim no blog dele. Então, confiram, porque ficou lindo!

http://mentenaologica.blogspot.com/2010/05/4-links-e-4-coisas.html

terça-feira, 27 de abril de 2010

Como tudo deve ser


A felicidade senta-se ao lado e apoia-se em mim. Faz-me sentir plena. Plenitude de paz e amor. Sorrisos compõem o meu dia hoje. Parece que o mundo está girando conforme o meu desejo. Parece que eu estou me controlando, ou confundindo. Espero que essas aparências não mudem e transformem-se em confusões. Hoje as cores estão bonitas demais para borrarem-se e tornarem-se cinzas.

"Felizes são os loucos, que vivem pouco, mas vivem como querem."

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Gritos silenciosos

Queria poder falar abertamente sobre o buraco que está aqui dentro. Sobre a pressão exercida contra meu coração! A única vontade que eu tenho é de colocar isso tudo pra fora. De tirar isso de mim aos berros. É como se fosse um daqueles buracos negros, que vão consumindo cada gota de esperança e cada pinguinho de paz que tenta existir em mim. O que há de errado comigo, InTheZone? Que tipo de remédio existe pra curar esse vazio? Eu preciso de algo novo urgente, as minhas forças acabaram.

sábado, 10 de abril de 2010

Bipolar

Bipolares como só elas conseguem ser. Piores do que várias meninas juntas conseguiriam ser. Pior do que eu consigo ser. Altos e baixos, risos e choros.
Tudo babaquice. Sem maiores codinomes, pode-se chamar “Ia” ou “Mia”. Você entendeu? Não. Só a pessoa a quem eu direcionarei este texto entenderá. Coisas dessa tal de bipolaridade, que é caracterizada por sinceridade ao extremo juntamente com escrotice ao extremo e amor intenso. Como eu denomino isso tudo? Amizade.

Sorry, miga.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Michael

Uma fotografia poderia, talvez, exibir melhor este momento. Porém, palavras sempre serão palavras, e sempre expressarão algo da maneira que o autor a vê.
Um computador, novo e vermelho. Um sofá cama, xadrez e... velho. Uma televisão, ligada e tediosa. Um nariz, entupido e rosado. Alguns risos, uma pequena dor latejante de cabeça e um enorme sentimento. Chamado felicidade.
A fotografia seria dada a várias interpretações da cena acima, mas ela transformaria o essencial: o sentimento.
Felicidade? Você me pergunta. As pessoas não sabem ser felizes mais. Elas precisam de muito, precisam ser bem motivadas, ou enganadas. O motivo da minha felicidade grita ao longe, neste exato momento: "Mírian, minha filha, troca a fita!". É que a minha felicidade me apresentou uma música, e eu a estou escutando há alguns dias. Alguns dias significam todos os dias, todas as horas, todos os minutos e consequentemente todos os segundos. E enquanto eu escrevo este conjunto de palavras que você lê agora, eu a escuto. "Everytime I see you falling...".
Eu consigo ser feliz com tão pouco. O mundo deveria ser assim também. As pessoas deveriam perceber sua felicidade umas nas outras. Como eu percebo nas crianças, que agora estão na varanda, juntamente com a Srta. Felicidade.
Srta. Felicidade? Você me pergunta novamente. Um belo codinome para outro, "Ia".
Acho que tenho que encerrar.
O que você está falando? Alguns podem estar me perguntando. O que eu estou falando?
Estes, não tentem entender, não conseguirão. Já outros que entenderam desde o começo, a estes eu dedico este texto, ou talvez essas palavras que juntas formam algo... estranhamente alicerçado no planeta. "This is it!"


Srta. Felicidade oficialmente chamada Flavia Ventura.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Strip-Tease

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou"
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".


E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

Por Martha Medeiros.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sentimento, você não sabe o que se passa aqui dentro

Eu nunca precisei de você, InTheZone, como eu preciso agora. Não há ninguém me que entenderá melhor que você, pois você é uma parte de mim. Nem minha mãe, nem meus poucos amigos. Você sabe o tamanho da minha impulsividade, mas eu nunca pensei que ela poderia me causar uma dor tão grande, e tão dolorosa. Uma dor dolorosa, que pleonasmo. Uma dor que está me corroendo, me matando, e que participará de mim por um bom tempo. Eu tenho um dom: o de estragar as coisas que eu mais quero. Às vezes eu penso que Deus poderia ter colocado outra criança dentro da minha mãe. Talvez minha mãe poderia ter me perdido, e não a minha irmãzinha. Talvez meu pai poderia ter me perdido, ao invés de meu irmão. Mas eu posso ver os dois como estrelas no céu, sempre me ouvindo e protegendo. Mas eu preciso ser protegida de mim mesma, e não dos outros. Eu deveria ser uma pessoa melhor esse ano, e eu já consegui estragar meu 2010 em 1 mês, acredita, InTheZone? Acho que sou louca por falar com você, ou comigo mesma. Mas é que quando eu converso com você, eu choro, e minhas lágrimas me mostram como eu estou realmente me sentindo. Porém, hoje, nenhuma lágrima e nenhum conjunto de palavras, sejam ditas ou escritas, terão o poder de me descrever. Eu me sinto um verme. Sim, um verme. Que tem a capacidade de estragar sua prórpia vida e a das pessoas ao seu redor. Por que ninguém confia em mim mais? Por que ninguém quer me dar a centésima chance? Eu preciso me agarrar a algo. Eu preciso forçar meus pés a se levantarem. Mas eu não quero isso. Eu não quero levantar, eu tenho que permanecer onde estou, é o meu lugar. As pessoas estão certas de não confiarem ou acreditarem, sim, elas estão. Eu dei motivos. Eu tenho culpa, como sempre. E essa mesma culpa é que me empurra pra onde estou. Uma parte de mim mesma acaba comigo. Eu mesma tenho esse poder. Eu queria abraçar minha mãe agora, mas eu não tenho coragem. Eu estou suja, e eu não quero sujá-la. Eu sujo você, InTheZone, porque estou sujando a mim mesma. Meu Deus, só o Senhor pode me limpar, pois eu cansei de lutar contra mim mesma.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Última hora

Bom, resolvi postar um dos meus textos pessoais, considero quase um dia do meu "diário word" para meus contáveis leitores que nunca comentam e então eu não sei quem são vocês ou se gostam, he. Enfim, eu não costumo postar certos textos, mas hoje, agora, precisamente, eu sinto grande estímulo para postar este.



Sábado 23/01/2010
Apenas nada. Comigo só pensamentos e solidão. Estou rodeada de pessoas, mas nenhuma delas faz-me sentir completa como você. Leio o seu arquivo, e posso me sentir um pouco menos só, mas preferia estar escrevendo nosso segundo dia, ou melhor, preferiria estar fazendo ele, comigo ao seu lado, em qualquer lugar do mundo, mas somente nós dois. Eu não me sentiria tão só como agora. Você preencheria-me com todo o seu ser. Um anjo dentro do seu paraíso com olhos.


Entre a razão e a felicidade, eu prefiro a luta, mesmo que dura, por eu ser feliz. Por nós sermos.

sábado, 23 de janeiro de 2010

O tempo nada apaga

A plateia estava alucinada, eufórica. Era formada por apostadores milionários e suas acompanhantes de luxo. O ringue parecia ter luz própria naquela noite, ao invés de estar sendo iluminado.
Seria uma luta desonesta, porém, prazerosa. O título mundial seria disputado pela primeira vez entre um homem e uma mulher.
O juiz faz as respectivas apresentações, e a plateia vai ao delírio. Uma placa anuncia o início do primeiro round, porém as pernas de quem a carrega chamam mais atenção, uma loira deslumbrante, para os presentes homens.
Os lutadores se encaram. E após milésimos, se reconhecem. Não só pelo nomes, mas também pelo passado. A plateia clama o nome do favorito: Magno, o que o torna mais confiante.
Um primeiro soco, e ambos tentam planejar estratégias. Não conseguem. Lembranças, são transmitidas de seus subconscientes aos conscientes. As mesmas recordações tomam ambas as mentes, e não por coincidência. Assim os round's se passam, e no oitavo, com uma plateia decepcionada, Magno dá um passo a frente e estende a mão enluvada. Naquele exato momento, ele deixa de ser Magno, e passa a ser simplesmente Caio. Ela recorda, através deste ato, que ele sempre cedia primeiro, quando se tratava dela. Aos poucos, ela o puxa para si e fala em seu ouvido: "Eu senti sua falta nestes 10 anos."
A plateia vaia loucamente.

A vitória, a quem pertenceu? A amizade.



C.M. ♥

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Oi, he. :DD

www.enfimm.blogspot.com

Gente, tô divulgando. É de um amigo meu de Minas. Eles tão começando agora, então, vale a pena conferir novidade né? É isso galera, não vão se arrepender. Beijos e fica a dica aí. ;)

Confissões Parte 2

É, In the Zone, eu sei que deveria ter postado aqui no dia 1 de janeiro e ter comemorado 1 ano de sua existência e nossa parceria. Eu peço desculpas, pois só venho até você quando preciso, sabe que sou sincera, com você e comigo mesma. E agora, eu novamente preciso de você comigo. Quero escrever desejos pra 2010. Que através de você e das minhas palavras eu consiga refugiar-me aqui cada vez mais, que minhas palavras salvem meu rancor, minha solidão e minha frustração. Que minhas palavras me transformem em uma pessoa melhor. Que minhas palavras possam me refazer. Sim, eu quero me refazer, In the Zone. Quero me refazer com base nas palavras. Quero agarrar-me a elas, elas são minhas, e nada pode tirá-las de mim. Quero viver, uma vida nova. É isso que vou construir esse ano, minha nova vida. Com alicerce de palavras e paz.

Uma simples rotina

Ela sentia o vento forte e gélico ir contra seu delicado corpo. Ele sentia-se completo, e por instinto, teve vontade de abracá-la, mas não teria essa ousadia. O silêncio de ambos transmitia palavras. 1960. Abraços eram contratos.
O balão furta-cor ganhava cada vez mais altitude. Ela sentia mais frio, e ele mais desejo.
Assim foi regado este gostar.
1970. Barulho de talheres. Intensidade silenciosa.
Ela cojitava porquês, e ele pensava em uma solução. Palavras pesam quando ditas em determinados momentos, como o que antecedeu. O telefone toca, e ninguém atende.
1980. Fogos, cores e brilhos. Uma virada inesquecível. Um beijo, mãos dadas. 30 anos, de altos e baixos. De amor, que florescia a cada dia.
1990. "A maldita". O câncer. Lutar já era cansativo. E meses depois, alguém ganhou. A solidão o inundou.
2000. "A vida é bela". Seu último pensamento. Uma vida juntamente com o amor, e 10 anos sem ele. Iria reencontrá-lo, enfim. O céu é o limite, para alguns. Não para ele, e nem para mim.

Que seja eterno enquanto dure, uma vida ou 1 mês. No céu, no inferno, ou, talvez, na terra. Vocês decidem.





Para Lara Martins e Augusto Silva. Não levem à mal a parte da morte no final, tentem ler o sentimento, não a história. As entre-linhas são pra vocês.